Maldição em Alvalade

Conhecido como um número carregado de simbolismo, o 7 é, nos últimos anos, sinónimo de azar para os jogadores do Sporting. O russo Marat Izmailov é apenas o último a carregar a cruz de lesões que está associada a esta camisola

Operado nesta semana, na Alemanha, ao joelho direito, o médio leonino enfrenta agora uma recuperação de dez semanas. Uma paragem que se soma aos quatro meses desde que contraiu a lesão – a 14 de Março, frente ao Rio Ave.

Izmailov foi sujeito durante este período a tratamento conservador, com vista a evitar a cirurgia. No entanto, a falta de resultados positivos na recupeação obrigou a uma indesejada operação.

O que Izmailov não saberá é que o número 7 parece amaldiçoado em Alvalade desde que Luís Figo deixou o clube, em 1995. Niculae, Delfim, Iordanov e Ricardo Sá Pinto são expoentes de um calvário de lesões inexplicável.

Sá Pinto foi o primeiro a assumir o malfadado número, em 1995/96. O avançado tornou-se uma referência entre os adeptos mas os problemas no joelho direito ficaram igualmente célebres. Quatro cirurgias em quatro anos e muitos meses fora dos relvados. O azar levou até Sá Pinto a trocar o 7 pelo 10, em busca de melhor sorte.

Iordanov seria a ‘vítima’ seguinte. O búlgaro sobreviveu a um acidente de viação mas o diagnóstico de esclerose múltipla apressou-lhe o fim da carreira, após dez anos de leão ao peito.

Com o breve interregno de Leandro Machado (1998/99), que também não teve sucesso em Alvalade, chegou a seguir Delfim. O médio, que se notabilizou pelo forte remate, esteve três anos parado por uma grave lesão nas costas e com o futuro apontado a uma cadeira de rodas. Contudo, fintou o destino e acabou uma época de bom nível no Trofense. E antes de Izmailov houve o romeno Niculae, que viveu entre 2001 e 2005 sob o estigma das lesões.

São já seis os jogadores amaldiçoados. Quem será o sétimo sob a maldição do 7 de Alvalade?

Marius Niculae (2001-2005)

Delfim (1998-2001)

Sá Pinto (1994-97 e 2000-06)

Iordanov (1991-2001)