Bryan Ruiz quer fazer valer o fator casa

O GRANDE REFORÇO DO TWENTE PARA ESTA ÉPOCA

Bryan Ruiz está para o Twente como Matías Fernández para o Sporting. É o grande reforço da equipa para esta época, aliás, o maior investimento de sempre do clube de Enschede: a contratação ao Gent, que o resgatara ao Alajuelense, custou 5 milhões de euros. No centro de treinos de Hengelo, o internacional da Costa Rica é agora El Crá com quem todos os adeptos querem ser fotografados; ontem, uma família belga viajou propositadamente de Gent, mais de 300 quilómetros, para o rever.

O assédio no mercado também foi intenso. Não faltavam pretendentes, de Inglaterra (Newcastle) a Itália (Nápoles) ou Grécia (Olympiacos), mas os melhores argumentos levaram-no a Enschede. "O Twente está a crescer muito e depressa. Tenho a possibilidade de jogar a Champions, com um treinador de quem tenho muito boas referências, posso crescer como jogador e dar um passo para uma equipa maior", analisa o avançado/extremo, de 23 anos, consciente do significado dos valores envolvidos na sua transferência. "Tenho uma grande responsabilidade, para não dizer até alguma pressão. Mas tento não pensar nisso e jogar tranquilo o meu futebol."

Portugal nunca tinha sido país na rota do talentoso esquerdino, até esta pré-eliminatória da Champions, e por isso o conhecimento sobre a Liga é pouco menos do que nulo "Não, nada." Em português, nem Ronaldo o cativa, porque prefere Messi, "o melhor". O Sporting, esse, é alvo a abater e Ruiz puxa dos galões da casa. "Fizemos um bom resultado em Lisboa, mas não vai ser fácil. Agora, temos de contar com a ajuda dos nossos adeptos para mostrar que a nossa casa é para se respeitar."

O favorito, a haver, será ainda o Sporting, "pela tradição de jogar a Champions." "Para mim, continua a ser favorito. Teremos de praticar o nosso melhor futebol. Mas jogamos em casa. Temos de tirar partido disso e procurar apoio nos nossos adeptos e no estádio. Creio que é um jogo de 50/50", defende o 22 do Twente, em dificuldades pelo calendário mais apertado. "Realizámos dois jogos no espaço de uma semana e vem aí outro. Vai ser desgastante, mas temos de saber gerir os ritmos e sair para o ataque com força, quando o fizermos."