Duas visões diferentes dos disturbios

«Pouco depois da marcação do golo do Benfica, a polícia teve de intervir para acalmar festejos, depois do jogo acabar os confrontos continuaram fora do estádio. Cadeiras pelo ar, carga policial, dois feridos ligeiros, repórteres fotográficos em fuga... Foi este o triste cenário que marcou o momento do golo benfiquista, quando uma parte dos adeptos encarnados festejaram de forma demasiadamente efusiva o golo obtido. Mas depois do final da partida verificou-se nova carga policial, uma vez que os ânimos seguiram inflamados da parte de fora do estádio, com adeptos do Benfica a serem agredidos. A intervenção da polícia tornou-se necessária.»

In A BOLA

___________________________________________________________


«Foi no topo norte que mais adeptos benfiquistas se concentraram, sobretudo a claque, e foi para aí que a equipa se dirigiu no final do jogo para a vénia que Jesus tornou ritual. Antes, durante o jogo, foi ali que a polícia sentiu mais problemas para conter alguns excessos, não conseguindo evitar que muitas cadeiras fossem arrancadas e arremessadas para a zona exterior do relvado. Momento, diríamos de catarse coletiva, que teve o seu apogeu a seguir à grande penalidade desperdiçada por Oscar Cardozo. O mesmo aconteceu quando Ramires acabou por conseguir o golo da vitória. À falta de melhor, lá aprenderam mais umas tantas cadeiras a voar e até um rolo de papel higiénico. A fatura deverá agora ser enviada para o Estádio da Luz... De resto, apenas se registaram pequenas escaramuças (houve pelo menos um ferido) e nem a proximidade de algumas manchas de simpatizantes do Benfica com adeptos da casa causou qualquer problema num estádio praticamente cheio. A alegria final dos benfiquistas acabou por marcar uma jornada de futebol com raios de sol. O que é raro.»

In RECORD