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Mensagem por Rated R Jony Qua Set 09, 2009 5:45 am

Que Jorge Jesus é um técnico exigente e profundo conhecedor do futebol português, já todos sabíamos. E se o alegado pacto feito com os seus jogadores de apenas sofrer sete golos ao longo da Liga parece de todo irreal de concretizar, tal demonstra que o treinador identificou claramente as debilidades da defesa encarnada.

É que os números não enganam. Entre os três grandes e nas últimas cinco temporadas na Liga, o Benfica foi quem mais golos sofreu (133 contra 122 do Sporting e 93 dos dragões, ou seja menos 40 consentidos em cinco épocas!), sendo de realçar os 31 em 2004/05 - curiosamente a do seu derradeiro título, com Trapattoni - e os 32 concedidos na passada Liga.

E se 30 por cento dos golos surgiram de cabeça, os lances de bola parada representam o calcanhar de Aquiles da defesa encarnada. Deles resultaram mais de um terço, num total de 45 - contra 32 do FC Porto e à frente dos 52 entrados nas redes leoninas -, sendo inclusivamente a única formação da Liga a sofrer dois golos de lançamento de linha lateral, por Marcelinho (Naval) e Bruno Moraes (FC Porto), tendo este originado uma derrota no Dragão (3-2, em 2006/07).

Analisando o quadro que descrimina a forma como foi batida a equipa, percebe-se a razão das preocupações de Jesus e a sua insistência na concentração exigida nos pontapés de canto (19 golos surgiram daí), em especial após a desastrada época de Quique Flores (7). E se os livres indirectos laterais têm igualmente criado fortes dores de cabeça (11), já no que respeita a livres directos, há três épocas que o Benfica não é assim violado no campeonato, com a última vez a pertencer ao então amadorense Paulo Machado (agora no Toulouse), na 25.ª jornada de 2005/06.

Mas também nos lances de contra-ataque puro a equipa da Luz tem mostrado grande vulnerabilidade: 26 golos (20 por cento do total, ou seja um em cada cinco golos surgiram assim), duas vezes e meia mais que os consentidos pela defesa portista. E assim se vê a relevância de Javi García e Ramires no processo de transição defensiva preconizado por Jorge Jesus.

Ou seja, os números são motivos de preocupação para Jorge Jesus e justificam os cuidados e a exigência colocados nos lances defensivos de bola parada. Mas a época ainda só gatinha e apenas lá mais para a frente se saberá se o seu discurso chega aos jogadores. E, mais importante, se passa, em termos práticos, para o relvado.

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