Um chicote sem efeitos psicológicos
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Um chicote sem efeitos psicológicos
EM 11 MUDANÇAS DESDE 1989/90 SÓ UMA VEZ O LEÃO LOGROU O TÍTULO
As chicotadas psicológicas não surtem efeito em Alvalade. Esta é a conclusão de uma análise às últimas 20 épocas leoninas (as mais atribuladas a nível de mudanças no comando técnico), durante as quais o Sporting despediu 11 treinadores e só por uma vez (1990/2000) logrou sagrar-se campeão.
A troca do italiano Giuseppe Materazzi pelo português Augusto Inácio, após a 5.ª jornada desse campeonato, teve o desejado efeito psicológico dentro do balneário e do próprio clube, pois o Sporting conseguiu quebrar o longo jejum de 17 anos sem vencer o título nacional. Mas trata-se de um caso raro no que respeita à eficácia do chicote numa temporada, a exceção que confirma a regra: o chicote não resolve.
Aliás, olhando para a história do clube, para além de Inácio, apenas Juca (1961/62) e Fernando Mendes (1978/80) conseguiram conquistar títulos após renderem outros treinadores (Otto Glória e Rodrigues Dias respetivamente). Três casos isolados em 103 anos de história, que revelam os efeitos nefastos dos abanões psicológicos.
Curiosamente, mesmo deixando a questão do título de fora, são raros os treinadores que lograram vencer algum troféu após serem chamados para substituir um colega de profissão.
Octávio Machado, que rendeu Carlos Queiroz em 95/96 (ainda com Fernando Mendes pelo meio), conquistou a Supertaça ao FC Porto, em Paris, enquanto Manuel Fernandes (2000/01), que substituiu o campeão Inácio, conquistou também Supertaça e igualmente ante os dragões. E ponto final. Queiroz, que venceu a Taça de Portugal em 1994/95 e Paulo Bento, que venceu 2 Taças e 2 Supertaças, só o fizeram nas épocas seguintes à chicotada.
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